sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

ANTES DE NOS TORNARMOS VERDADEIROS ADORADORES! (II Cr 28; 29)... Parte 1

"A verdadeira adoração é a joia perdida na igreja evangélica de hoje. Temos organização. Trabalhamos muito. Temos ministérios (e até de louvor). Possuímos quase tudo, mas algo é escasso... precisamos procurá-la até encontrar!" (A. W. Tozer - Através das palavras de Marcos Witt no livro Adoremos)

Certo é que, hoje, um dos temas mais acordados é a adoração. Todos são categóricos em afirmar que Verdadeira Adoração é EM ESPÍRITO E EM VERDADE. Assim, podemos recorrer ao nosso estudo anterior (http://profetaney.blogspot.com/2010/12/era-necessario-passar-por-samaria.html) para lembrarmos isso.

 
Muito bem!

 
Mas ante de chegarmos a condição de verdadeiros adoradores, o que devemos fazer? Por onde devemos começar? Como fazer para concluir? Quanto tempo leva? Quanto custa? Vale a pena? E depois, temos a curiosidade de saber: Qual o resultado?

 
Se é em espírito e em verdade, com certeza, deve começar no espírito e através do Espírito (Jo 16:8). Todo processo bíblico de verdadeira mudança aconteceu de dentro para fora, isto é, "e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (Jo 8:32). Verdadeira Adoração é resposta da libertação diária, por intermédio da Graça de Deus.
 
Porém, nem tudo é responsabilidade do Espírito Santo. Fomos nós, a humanidade, que decidimos nos distanciar de Deus e, tendo Jesus Cristo morrido e ressuscitado pela humanidade (Jo 3:16), cabe a nós também, buscar esse nível espiritual de chegar a condição de Verdadeiro Adorador e para respondermos as questões acima, de agora em diante nesse estudo, recorreremos as palavras sábias do Pr. Marcos Witt, através de seu livro Adoremos:

"Antes de falar de adoração, temos de falar do coração, pois é o que o
Senhor mais busca em nós! (Pv 4:23) ...é indispensável que permitamos ao Senhor que penetre até o ponto mais profundo do nosso ser para que não haja nada em nossa vida fora do Seu controle. (pg. 42)

 
Para entendermos a importância de termos um coração correto e em ordem para adorar, estudaremos o segundo livro de Crônicas, capítulos 28 e 29:


Estavam, pois, os levitas em pé com os instrumentos de Davi,
e os sacerdotes com as trombetas.
E Ezequias deu ordem que oferecessem o holocausto sobre o altar; e ao tempo em que começou o holocausto,
começou também o canto do SENHOR, com as trombetas e com os instrumentos de Davi, rei de Israel.
 E toda a congregação se prostrou, quando entoavam o canto, e as trombetas eram tocadas; tudo isto até o holocausto se acabar.
 (II Cr 29:26-28)


Que momento lindo este relatado acima, lembro-me do início dos períodos de adoração de nossas igrejas – tudo preparado, instrumentos afinados, som passado, repertório montado, dançarinos prontos, slides na tela...
 
Enfim, não deve ser diferente em sua igreja.
 
Mas “vem a hora e já chegou” ... está quase tudo pronto:
 
E o CORAÇÃO dos adoradores que estão no púlpito e nas cadeiras?
 
O Senhor sonda os corações, o lugar do sacrifício, para aceitar ou não a oferta (de louvor e adoração) e, por fim, enviar Seu Shekinah!
 
No Capítulo 28 do 2º livro de Crônicas, vemos relatos de um coração que não aceitava o princípio da verdadeira adoração: O Rei Acaz!

“No Versículo 24, vemos que ele teve uma “brilhante” ideia e disse para si:

 
Vamos colocar altares em todos os cantos para que as pessoas possam adorar seus deuses
com mais conveniência e comodidade. É notório que ele era um homem indisciplinado com as coisas espirituais, pois nunca tinha aprendido a ir a casa de Deus.” (pg. 47)

 
Se trouxermos para um entendimento neotestamentário, o Rei Acaz não sentiu necessidade de ir a casa de Deus ou de congregar (Hb 10:25), nem de entregar verdadeira adoração (Jo 4:23-23), muito menos de honrar e de ser o “templo” do Senhor (Ef 2:19-22). Por isso que o coração é o ponto de partida para alcançarmos a condição de Verdadeiros Adoradores.
 
Assim, respondendo nossa primeira indagação: O que devemos fazer?
 
Recorreremos a premissa que onde abundou o pecado, superabundou a Graça (Rm 5:20) e vemos o próximo descendente do Rei Acaz renovando o verdadeiro culto a Deus, a partir da RESTAURAÇÃO DO TEMPLO... Estou falando do Rei Ezequias!
 
Vemos em II Cr 29, que o Rei Ezequias em suas primeiras atitudes deu total atenção ao Templo do Senhor – o lugar onde Deus manifestava Sua Glória! – ele sabia que não podia governar bem se não tivesse a presença de Deus:

 


“O Rei Saul não se importou em ter perdido
a Arca da Aliança para os filisteus.
Mas assim como o Rei Davi,
o Rei Ezequias não governou sem que antes
a Arca da Aliança estivesse de volta em seu meio”. (pg. 48,49)

 

Esses relatos mostram a intensidade do coração que está disposto a render toda Glória a Deus e, consequentemente, adorar em espírito e em verdade.

 
Mas, respondendo nossa segunda pergunta: Por onde devemos começar?

 
Recorreremos a II Cr 29: COMEÇAR PELAS PORTAS! Ou seja, pelo local mais visível e que revela o exterior:

 
 “Trata-se de abandonar os problemas mais óbvios e evidentes da nossa vida e que todo mundo vê:
 idolatrias; fornicações; adultérios; bebedices; mentiras; vícios; fofocas; agressões; glutonarias... ..deixando coisas desse tipo, permitimos que o Senhor nos dê uma ‘pintadinha’, uma ‘nova lataria’, dá uma arrumada no que está exterior, uma ‘fachada’ nova”! (pg. 49)

 
Todavia, de maneira alguma, devemos ficar só nas portas – átrio – devemos obedecer o que está em Fp 1:6 e avançarmos ao interior (ao coração):

 

Imagino que as pessoas da época de Ezequias, quando passavam pela frente do templo,
deviam exclamar: “olha! Concertaram o templo”.
Daquele ponto de vista,
só se podia observar o que estava de fora.
Contudo, bastaria dá “uma olhadinha” por dentro
para perceberem que o templo estava longe de ser consertado” (pg. 50, 51)

 

A sociedade sempre foi especialista em criar disfarces e mascarar as coisas santas - herdadas das “folhas de figueira de Eva e Adão”. Também, o relativismo, o humanismo e a religiosidade são “top’s” nesse assunto. São ícones em criar esses disfarces, do tipo:
  • Cantar na igreja o faz o verdadeiro adorador;
  • Vá de qualquer jeito a igreja e permaneça assim, pois Deus só quer o coração;
  • O importante é a técnica;
  • O “Espírito” é sujeito ao profeta (o correto é: os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas – I Co 14:32);
  • E por ai vai...


Continua.................

Na alegria, no amor e na fé em Jesus Cristo. Autor e digno de toda adoração!!!

Francinei Santos

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA: a síndrome da figueira sem fruto! (Mc 11:12-14)

 Eis aqui um presente de Deus pra nossas vidas...
 um Rhema através da vida do Pr. Caio Fábio:


Evangelho de Marcos 11:12-14
E, no dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos. E Jesus, falando, disse à figueira: Nunca mais coma alguém fruto de ti. E os seus discípulos ouviram isto.
 
       Um dos filmes mais badalados da década de 70 foi o “Toda Nudez Será Castigada”. Um filme digno das culpas criadas pela religião dos fariseus cristãos.

       Isto porque, contrariamente ao tema do filme, o Evangelho ensina que é melhor andar nu diante de Deus do que tecer para si mesmo as vestimentas da falsa moral e das virtudes autojactantes.

       O espírito do Evangelho ensina que Jesus ama a verdade de cada estação da vida humana! Foi por isso que Ele amaldiçoou a figueira que, de modo anômalo, tentava dar aparência de fruto três meses antes da estação própria. Todas as demais figueiras de Israel estavam peladas de folhas. Isto porque a figueira é uma árvore que primeiro apresenta os frutos, e só depois a folhagem. A oferta de folhagem era a promessa da certeza de haver fruto. Mas não havia, era só camuflagem! Foi também por essa razão que nenhuma figueira nua de folhas foi amaldiçoada no monte das Oliveiras; mas tão somente aquela representante vegetal do espírito da religião.

       Sim, aquela figueira carrega o valor simbólico de algo primordial: a tentativa humana de se cobrir com folhas de figueiras (desde o Éden), ao invés de se deixar cobrir pelo próprio Deus, e, assim, viver em verdade.

       Somente Deus pode vestir o homem aos Seus próprios olhos! De fato, as folhagens da figueira expressavam a realidade espiritual de Israel: cheio de religião; cultuando mais o Templo que no Templo; amando mais a Lei que o Criador; crendo mais nas mecânicas rituais do que na Graça de Deus.

      Por isso, mesmo sem qualquer “fruto digno de arrependimento” a oferecer a Deus e aos homens. No grego arrependimento é metanóia; ou mudança de mente. A lição da figueira é forte porque por meio de tal ato Jesus deixa dito que Deus respeita todas as estações da vida, mesmo quando aparentemente não há fruto. Fruto nenhum na estação que não é de fruto, é verdade. Deus ama a verdade! A ausência de fruto numa árvore que não está na estação da frutificação não é uma anomalia, nem tampouco uma declaração de infrutuosidade. Ao contrário: não dar fruto na estação que não é de fruto é o anúncio de que o fruto está em gestação.

 Nesse caso, não há fruto aparente, embora a árvore já o tenha, posto que está grávida dele. Assim, mesmo quando não há fruto visível, ainda assim sempre há fruto, pois o fruto pré-existe à sua manifestação visível. Todavia, quando se tenta dar aparência de frutuosidade, não havendo verdade — pois o fruto do ser é verdade e amor —, a própria tentativa de produzir o que não é verdade já é, em si, a maldição. Tal ser seca como aquela figueira secou!

      A verdade é verdade quando é estação de fruto e também quando não é estação de fruto, posto que a verdade é o que é. E Deus ama a todo aquele que não teme ser verdadeiro para com Ele. (in: http://www.caiofabio.net/conteudo.asp?codigo=02500)

Que esta ministração tenha sido proveitosa ao seu coração, assim como foi para mim!!!


Na alegria, no amor e na fé em Jesus Cristo. Autor e digno de toda adoração!!
Francinei Santos

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

FIDELIDADE DO DISCIPULADOR E DO DISCIPULO! (Is 48:17)

Salmos 32:8 - Isaías 48:17: Deus quer nos ensinar como caminhar em vitória no caminho da verdade, isso é o caminho que devemos andar não o que queremos. A grande pergunta hoje é: Queremos andar no caminho que é útil ou queremos andar em nossos próprios caminhos? Deus aqui diz ensinar-te-ei o caminho útil que devemos andar. Deus nos dá discipuladores para nos ensinar o caminho útil.


No verso 18 Deus diz: Ah! Se tivesses dado ouvido aos meus mandamentos. Existem benefícios para aqueles que dão ouvidos aos mandamentos do Senhor: Paz, justiça, multiplicação da descendência espiritual e biológica e memória eterna diante de Deus.

Após ser consolidado, firmado em Cristo Jesus, o discípulo necessitará aprofundar-se no conhecimento de Deus e de Sua graça, e a melhor maneira para fazer isso é por meio do discipulado e através de um relacionamento de fidelidade entre discipulador e discípulo, ensinando-o com clareza e destreza os preceitos e estatutos do Reino de Deus.

Instruir significa treinar, estimular, incitar, ensinar, fazer alguém aprender (Isaías 48:17).

Alguns pontos são fundamentais neste processo de discipulado, tais como:

1. Estabelecer a visão do discipular.

A Visão do discipular se estabelece no relacionamento do discipulador com o discípulo. As definições acima revelam o caráter de Deus investindo em cada ser humano, através de Jesus, para que procedamos de igual modo.
O ato de discipular confere a cada um dos filhos de Deus responsabilidades especiais para com aqueles a quem estão discipulando. Isso quer dizer que não podemos negligenciar a tarefa de cuidar dos discípulos dando-lhes uma referência segura, a fim de que tenham em quem se espelhar. Para que isso aconteça, é necessário estarmos refletindo claramente o caráter de Cristo através de nosso procedimento.






2. Fundamentar o discipulado.



A orientação apostólica, dada por Deus, nas cartas escritas à Igreja, fundamenta a visão do discipular através de três pontos:



(Efésios 4: 11- E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo).



O fundamento do discipulado que são os apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores é para:



a) Equipando os discípulos.
b) Assistindo-os com objetivo de levá-los a ter uma vida com Deus.
c) Serviços frutíferos.



Transmitindo a verdade a cada geração sucessiva de convertidos, isto é, discipulando aqueles com quem você mantém contato, para que estes, por sua vez, discipulem aqueles que são do seu círculo de relações. (II Timóteo 2:2)



Multiplicando através do exemplo. Isso representa buscar uma vida de santidade, pois a multiplicação só é eficiente se for obedecida por uma vida de fidelidade entre discipuladores e discípulos e líderes que primeiro vivam a verdade na pureza e poder do Evangelho.



3. Viver os princípios da visão do discipular.



O discipulador, na visão do discipular, precisa de princípios bem estabelecidos em sua vida para que expresse com exatidão o caráter dAquele que representam na Terra. Os princípios que perfilam o caráter do discipulador são: Santidade e Fidelidade, que geram o Compromisso.



à Santidade. (I Tessalonicenses 3:13)



A palavra santidade significa o processo, qualidade e condição de uma disposição sagrada e a qualidade da santidade na conduta pessoal. A santidade é o princípio que separa o crente do mundo.



A santidade nos consagra ao ministério do discipulado, no corpo e na alma, encontrando realização na dedicação moral e uma vida comprometida com a pureza.


A santidade faz com que cada característica do nosso caráter seja submetida à inspeção divina e receba a Sua aprovação. A fonte da santidade é um relacionamento pessoal com Jesus e não um sistema de obras.



à Fidelidade. (Provérbios 25: 13)

A palavra fidelidade, na Bíblia, deriva do termo fiel, que no hebraico é emunah e significa firmeza, estabilidade, lealdade, consciência, constância, segurança, aquilo que é permanente, duradouro, constante.

Precisamos ser firmes em nossas alianças tanto como discipuladores e como discípulos. Existem horas que o diabo tenta nos roubar do discipulado e é exatamente nessas horas que precisamos estar firme, ser leais e constantes.

Fidelidade significa estar firme, certo, estabelecido, estável. A cada dia somos provados em nossa fidelidade. A bíblia diz que o fiel será cumulado de benção. (Provérbios 28.20)



à Compromisso. (Atos 26:19)



O Apóstolo Paulo estava totalmente comprometido com o objetivo do seu chamado: pregar o Evangelho e assim estabelecer o seu discipulado. Não há como ter o caráter de Cristo e não expressar compromisso com o Reino.



Como líderes não podem faltar em nossa vida de discipulado a santidade e a fidelidade que representarão o nosso compromisso com Deus e com o Seu Reino.

Escrito por Pr. Elias Lima

12 Dezembro 2010. Posted in Estudo para célula - Estudo para célula: http://www.renovada12.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=973:estudo-para-celula&catid=50:estudo-para-cla&Itemid=230