segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Ouvindo o Chamado! (Mt 13:3-8)


E falou-lhe de muitas coisas por parábolas, dizendo: Eis que o semeador saiu a semear. E, quando semeava, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, e vieram as aves, e comeram-na; E outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra bastante, e logo nasceu, porque não tinha terra funda; Mas, vindo o sol, queimou-se, e secou-se, porque não tinha raiz. E outra caiu entre espinhos, e os espinhos cresceram e sufocaram-na. E outra caiu em boa terra, e deu fruto: um a cem, outro a sessenta e outro a trinta.
Mt 13:3-8




Muitas pessoas na Igreja ouvem o chamado de Deus para cumprir uma missão, porém poucos permanecem firmes até o fim. O que fazer? Ouvir o chamado de Deus é fazer a Sua vontade, e a Sua vontade independe de nossos sentimentos, pois a aliança com Deus sempre nos capacitará para a realização dos propósitos divinos.

O chamado de Deus é como o “Lançar das Sementes”. Em Mateus 13:3, as sementes são lançadas pelo semeador. Quem é o semeador? Deus é o Grande Semeador. Tudo o que temos hoje em nossas vidas, uma vez que abrimos o nosso coração a esse Deus, é o resultado de uma semente plantada por esse Grande Semeador. Um dia, o Grande Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Uma semente foi lançada, afinal, palavras são sementes, e hoje toda a humanidade está aqui nesse lindo Planeta feito pelas mãos do Criador. Precisamos viver com a convicção de que há um semeador sempre pronto a lançar sementes que dão vida, e vida abundante.Mas, será que temos deixado o solo pronto para receber essas sementes?

O que é a semente? A Bíblia nos ensina que a semente é a palavra, claro que entendemos que “toda palavra é uma semente”, mas dentro desse contexto, se refere à Palavra de Deus. Nossas palavras podem construir ou destruir, mas a Palavra de Deus sempre nos trará vida, ânimo, alegria, ainda que venha como exortação, essa exortação vai nos levar à reflexão e isso nos dará vida. A semente que vem de Deus, está repleta de todos os nutrientes necessários para libertar o mais vil pecador de todos os grilhões que o prendem, pois essa semente é vida abundante.

Muitas vezes nos prendemos e até deixamos de cumprir esse grande chamado de Deus, porque olhamos para nós mesmos como seres impotentes. De fato, em nós mesmos, não somos muita coisa, mas, em Cristo, segundo a Palavra, somos mais do que vencedores. O poder está na palavra que é semente, e não em nós. O que fazer? Aí entra o ministério profético, ou seja, os proclamadores da Palavra, aqueles que, sem medo, vão proferir, proclamar, profetizar e, acima de tudo, crer no poder que essa Palavra tem.

Qual é a missão? A missão de todo cristão é fazer discípulos para o Senhor Jesus. A colheita é o resultado da semente plantada, são os frutos colhidos em uma semeadura. A Bíblia diz que todo que planta colhe, todo o que crê recebe. Quando pregamos a Palavra, colhemos o fruto dessa semente que cresce em cada coração. Aqueles que ouvem e desejam ter uma vida dedicada ao Senhor multiplicam esta semente, espalhando por todos os cantos da terra esta mensagem de paz, amor e salvação, contribuindo para o avanço do Reino do Messias e Seu retorno. Quando toda língua, raça, tribo e nação ouvir esta Palavra, Jesus estará voltando com poder e glória.

O texto de Mateus nos mostra
quatro tipos de solo que recebem a semente:


 
1. Na beira do caminho

São os que ouvem a Palavra, porém não entendem o seu significado espiritual. Vem a dificuldade, as tentações, o inimigo, e arrancam o pouco que ficou. Assim são muitos que ouvem um chamado de Deus, mas o coração não está pronto para receber esse chamado. Então, vêm todas as dificuldades e situações que acabam por tomar do coração a chamada divina. Anos depois, vem o arrependimento por não ter cumprido o chamado. Esses precisam de uma ordem no mundo espiritual de ressurreição de sonhos ministeriais.

2. Terreno Pedregoso

São os que ouvem a Palavra e a recebem com alegria, mas sua raiz não é profunda. A raiz profunda fala da pouca experiência com Deus. A conversão é o primeiro passo, entretanto, na vida espiritual, precisamos continuar buscando a Deus sempre. A caminhada com Deus é: de degrau em degrau, de fé em fé, de glória em glória. Esse é o motivo pelo qual encontramos pessoas que entram no Reino, mas pouco tempo depois estão fora, de volta à vida descomprometida com as coisas de Deus. Por que isso acontece? Se entendermos que todos temos um chamado da parte de Deus, ou seja, uma missão a cumprir, então, na vida espiritual, temos um propósito, uma meta, mas se esse chamado não é valorizado, nossa vida então torna-se religiosa e vida religiosa não sustenta ninguém no Reino.

3. Entre Espinhos

São aqueles em que as preocupações da vida e o engano das riquezas o tornam infrutífero. Essa palavra tem sido muito usada em nossos dias de forma errada. A Bíblia diz em Genesis 12: “...abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem...”. Parece que nos tornamos juízes uns dos outros. Nosso conceito de fruto está limitado a coisas terrenas e passageiras. Buscamos quantificar frutos para emitir conceitos de quem é e quem não é frutífero. Frutífero é quem dá fruto na sua vida. Se compararmos a vida espiritual com uma árvore, eu pergunto: Por que a árvore dá fruto? Porque é natural que toda árvore dê fruto. Ninguém precisa dizer: Dê fruto! Chega o tempo em que ela mesma, na estação apropriada, dá o seu fruto. Se isto não está acontecendo, algo está errado, assim como aconteceu na parábola, pois a semente cresceu entre espinhos. Mais uma observação: Todas as árvores dão o mesmo tipo de fruto? Todas têem o mesmo tamanho, a mesma quantidade de fruto, a mesma aparência? Creio que não preciso responder isso, pois é obvio que sabemos a resposta. Então, por que julgar e emitir decretos de maldição na vida dos nossos irmãos dizendo: Você é infrutífero! Não seja o espinho na vida do seu irmão. Somente é o justo juiz para dizer o que é e o que não é. Ainda assim eu acredito que: DEUS É AMOR. Como está o seu conceito com Deus? Ser frutífero não é apenas dar fruto, mas dar o bom fruto. Muitas pessoas fora do Reino dão fruto, mas esse fruto é para a morte e não para a vida. Como estão os nossos frutos? Qual tem sido a qualidade dos nossos frutos? O texto fala da semente que cresceu entre espinhos. Voltando ao chamado, muitos ouvem a voz, recebem a semente, entendem o chamado, mas quando começam a crescer, são sufocados por palavras de morte ditas em sua direção e o chamado morre.

4. Terra boa

São aqueles que ouvem a Palavra e entendem, esses produzem frutos bons, pois multiplicam o que receberam. Eles têm a base sólida e profunda, pois conhecem a fundo a Palavra e a praticam. Eles não têm vergonha do Evangelho, antes, porém, querem que todos recebam e sintam o amor de Deus em suas vidas assim como eles sentiram. Essa é a verdadeira essência do chamado, isto é, reproduzir exatamente o que Deus quer no intuito de sempre honrar o Seu nome e dar glórias a Ele. Deus quer que ouçamos a Sua voz para cumprir os seus desígnios. Ouvir a voz de Deus é ouvir o chamado, e esse chamado é sempre para exaltar o Seu Santo Nome.

Um dia eu ouvi a voz de Deus e isso foi algo tão forte que trocou sonhos pessoais por sonhos do coração de Deus. Minha vontade ficou de lado para dar lugar à vontade de Deus. Minhas prioridades foram mudadas. O chamado de Deus é tão forte que superamos os mais difíceis obstáculos, tais como famílias, geografia, tudo por uma única motivação: honrar Aquele que nos vocacionou.
 
Que o Eterno direcione sua vida e abra os seus ouvidos espirituais para discernir Sua vontade e você cumpra a Sua chamada para um dia dizer em Sua presença: cumpri o meu chamado, combati o bom combate da fé, encerrei a minha carreira, guardei a fé.


Prª. Ana Márcia Britto
Ministério Internacional da Restauração - MIR

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

12/12... PARABÉNS DISCIPULADORES!!!


PARABÉNS DISCIPULADORES,
PARABÉNS HERÓIS DA FÉ!!!

Deixamos aqui as nossas mais sinceras honras aos guerreiros discipuladores dessa terra!



Guerreiros porque “são valentes incontestes que se mostram como verdadeiros lutadores da construção de valores eternos”. Sereis meus discípulos se fizerdes tudo o que vos mando fazer! (Jo 15:14).



A Palavra nos deixa claro que o discipulado funciona. Isso, quando nos dispomos a levar a cada discípulo uma vida madura, preparada, treinada na Palavra de Deus, a ponderação segundo os princípios bíblicos, adestrada para vencer o diabo, o mundo e a carne.



PARABÉNS DISCIPULADORES, PARABÉNS HERÓIS DA FÉ, pais, mães, gerações de conquista, exemplos que fazem valer a pena segui-los. Práticos na palavra profética e modelos para os padrões que o mundo “nos exige” – modelos. Pois bem disse Paulo ao seu servo:

Sê um Modelo para os fiéis, na palavra, no procedimento, no trato, no amor, na fé e na pureza (I Tm 4:12)

Nos recordamos  das palavras do Apóstolo Rene Terra Nova que disse:


“O discipulador é aquele que, em tempo e em fora de tempo, está disposto a dizer SIM para os seus liderados, pois eles vêem nessa figura, no DISCIPULADOR, uma expressão de paternidade, um facilitador de caminhos. Por isso, não podemos abnegar a ajuda em lares, hospitais, orientação nos gabinetes, nas células, nos doze e até suprimento de necessidades materiais, com estratégia da assistência social de relevância”.


Ainda nesse aspecto, bem disse o Apóstolo Ildson:


"Nada muda, se nada muda. O Reino de Deus sempre nos direcionará ao nosso chamado (...ide e fazei discípulos!). Devemos mudar nossos hábitos para servir ou não serviremos pra mudar os hábitos do mundo (Rm 12:2)"



Por isso, discipular não é só uma arte, é uma chamada inequívoca, onde estamos negados para nós mesmos. Caso contrário, não suportamos a vida de aprendizado.

PARABÉNS DISCIPULADORES, PARABÉNS HERÓIS DA FÉ, pois o discipulado é um exercício da nossa fé, que tem pensamentos e atitudes diferenciadas, mas se mantivermos os valores do Reino e o ensino por princípio, certamente estaremos fazendo o melhor para Deus e investindo na nossa fé. Porém, nessa “carreira”, nenhum outro ministério é tão forte em resultado como DISCIPULADO!


PARABÉNS DISCIPULADORES,
PARABÉNS HERÓIS DA FÉ,
PARABÉNS GERAÇÃO FILHOS DE DAVIH!

PARABÉNS DISCIPULADORES,
PARABÉNS HERÓIS DA FÉ,
PARABÉNS APÓSTOLO ILDSON E PASTORA ISA!

PARABÉNS DISCIPULADORES,
PARABÉNS HERÓIS DA FÉ,
PARABÉNS OS DISCIPULADORES DA COMUNIDADE APOSTÓLICA E DOS CONFINS DA TERRA!!!

Na alegria, no amor e na fé em Jesus Cristo. Autor e digno de toda adoração!

Francinei & Nilcéia Santos
Ministério de Adoração
COMUNIDADE APOSTÓLICA



quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

DECEPCIONADOS COM A "IGREJA"!!!

Muitos são os cristãos que abandonam o convívio das igrejas locais (templos) e decidem exercer suas atividades espirituais cristãs em modelos alternativos!


"A Igreja Evangélica brasileira está cansada!
E é um cansaço que vem provocando mudanças fortes de paradigmas com relação aos modelos eclesiásticos tradicionais"!

Esse "cansaço" afeta milhões de pessoas que se cansaram de promessas que não se cumprem, práticas bizarras impostas de cima para baixo, estruturas hierárquicas que julgam imperfeitas ou do mau exemplo e do desamor de líderes ou outros membros de suas congregações. Dessa exaustão brotou um movimento que a cada dia se torna maior e mais visível: o de cristãos que abandonam o convívio das igrejas locais e decidem exercer sua religiosidade em modelos alternativos – ou, então, simplesmente rejeitam qualquer estrutura congregacional e passam a viver um relacionamento solitário com Deus. O termo ainda não existe no vernáculo, mas eles bem que poderiam ser chamados de desigrejados (diferentes dos desviados que abandonaram a fé).

E isso tem sido fácil ser comprovado, basta olhar na sua igreja (templo)
e perceber a falta de alguns membros ou, até mesmo,
líderes que já não participam mais dos cultos e/ou atividades.

No cerne desse fenômeno está um sentimento-chave:

Decepção

Em geral, aqueles que abandonam os formatos tradicionais ou que se exilam da convivência eclesiástica tomam tal decisão movidos por um sentimento de decepção com algo ou alguém. Muitos se protegem atrás da segurança dos computadores, em relacionamentos virtuais com sacerdotes, conselheiros ou simples irmãos na fé que se tornam companheiros de jornada. Há ainda os que se decepcionam com o modelo institucional e o abandonam não por razões pessoais, mas ideológicas. Outros fogem de estruturas hierárquicas que promovam a submissão a autoridades e buscam relações descentralizadas, realizando cultos em casa ou em espaços alternativos.
  
Não se trata aqui de afirmar que pessoas se decepcionam por ter colocado sua fé em pessoas,
mas tange a premissa de que "assim como aprendestes de mim, ensina a outros...",
ou ainda, "... sejam meus imitadores..."
O que tem havido não são críticas ou literaturas sobre defeitos,
mas sim falta de ATITUDES pra mudar essas aflições do mundo.
É uma questão de "mão dupla" entre os líderes e os liderados.
Mas, A CHAVE É O LÍDER!
(... fere os pastores e as ovelhas se...)
  
A percepção de que as decepções estão no coração do problema levou o professor e pastor Paulo Romeiro a escrever Decepcionados com a graça (Mundo Cristão), livro onde avalia algumas causas desse êxodo. Embora tenha usado como objeto de estudo uma denominação específica – a Igreja Internacional da Graça de Deus –, a avaliação abrange um momento delicado de todo o segmento evangélico. Para ele, o epicentro está na forma de agir das igrejas, sobretudo as neopentecostais. “A linguagem dessas igrejas é dirigida pelo marketing, que sabe que cliente satisfeito volta. Por isso, muitas estão regendo suas práticas pelo mercado e buscam satisfazer o cliente”. Romeiro, que é docente de pós-graduação no Programa de Ciências da Religião da Universidade Mackenzie e pastor da Igreja Cristã da Trindade, em São Paulo, observa que essas igrejas não apresentam projetos de longo prazo. “Não se trata da morte, não se fala em escatologia; o negócio é aqui e agora, é o imediatismo”. Segundo o estudioso, a membresia dessas comunidades é, em grande parte, formada por gente desesperada, que busca ajuda rápida para situações urgentes – uma doença, o desemprego, o filho drogado. “O problema é que essa busca gera uma multidão de desiludidos, pessoas que fizeram o sacrifício proposto pela igreja mas viram que nada do prometido lhes aconteceu.”

Fato este é tão verdadeiro que, segundo especialistas,
temos atualmente no Brasil mais de 50 milhões de desviados!!!

(Os evangélicos passaram de 16,6% para 17,9%.
De acordo com o Instituto Datafolha, os evangélicos já chegam a 22% da população,
ou seja, cerca de 40 milhões de pessoas.
Entretanto, é terrível a quantidade de crentes evangélicos desviados das igrejas protestantes.
Vejamos a matéria sobra o assunto na revista protestante Igreja, edição Nº 11, p.65.
“Em um país onde o número de crentes já passou de 40 milhões nem sempre a igreja presta atenção a outro contingente que cresce sem parar – o dos “desviados”,
assim considerados aqueles que já tiveram passagens, ou até foram membros,
de congregações evangélicas, mas que hoje encontram-se fora do rebanho.
Não há dados seguros e nunca foi realizada uma ampla pesquisa sobre a questão,
mas especialistas que trabalham com o segmento arriscam uma quantidade
 assustadora de gente nesta condição:
eles seriam nada menos que 50 milhões de almas,
ou seja, mais do que o número de praticantes da fé protestante”. Revista Veja, 02/05/2007, p.49) 




Se a mentalidade de "clientela" provocou um efeito colateral severo, a ética de mercado faz com que os fiéis passem a rejeitar vínculos fortes com uma única igreja local, como aponta tese acadêmica elaborada por Ricardo Bitun. Pastor da Igreja Manaim e doutor em sociologia, ele usa um termo para designar esse tipo de religioso: é o mochileiro da fé!
 
 
“Percebemos pelas nossas pesquisas que muitas igrejas
possuem um corpo de fiéis flutuantes.
Eles estão sempre de passagem; são errantes,
andam de um lugar para outro em busca das melhores opções”.
 
 
Essa multiplicação das ofertas religiosas teria provocado um esvaziamento do senso de pertencimento, com a formação de laços cada vez mais temporários e frágeis – ao contrário do que normalmente ocorria até um passado recente, quando era comum que as famílias permanecessem ligadas a uma instituição religiosa por gerações.

Para Bitun, a origem desse comportamento é a falta de um compromisso mútuo, tanto do fiel para com a denominação e seus credos quanto dessa denominação para com o fiel. O descompromisso nas relações, um traço de nosso tempo, impede que raízes de compromisso – não só com a igreja, mas também em relação a Deus – sejam firmadas. “Enquanto está numa determinada igreja, o indivíduo atua intensamente; porém, não tendo mais nada que lhes interesse ali, rapidamente se desloca para outra, sem qualquer constrangimento, em busca de uma nova aventura da fé”, constata.

Dai a importancia da organização das igrejas contemporâneas
com atividades eclesiasticas, sociais, econômicas, ambientais, culturais, políticas entre outras.
Que realimente as perspectivas lançadas por Jesus Cristo que, deixou claro: Os discípulos (membros) deveriam estar enraizados nEle (o líder e exemplo).
Deveriam ficar em Jerusalém, serem revestidos de poder (ES),
sairem para Judéia, depois Samaria e, por fim, aos confins da Terra!


As justificativas:

Modelo desgastado

O desprestígio do modelo tradicional de igreja, aquele onde há uma liderança com legitimidade espiritual perante os membros, numa relação hierárquica, já não satisfaz uma parcela cada vez maior de crentes. “As decepções ocorrem tanto por causa de líderes quanto de outros crentes”, aponta o pastor Valdemar Figueiredo Filho, da Igreja Batista Central em Niterói (RJ). Para ele, um fator-chave que provoca a multiplicação dos desigrejados é a frustração em relação a práticas e doutrinas. “Nesses casos, geralmentequem se decepciona é quem se envolve muito, quem participa ativamente da vida em igreja”. Com formação sociológica, o religioso diz que o fenômeno não se restringe à esfera religiosa, já que todo tipo de tradição tem sido questionada pela sociedade. “Há uma tendência ampla de se confrontar as instituições de modo geral”, diz Valdemar, que é autor do livro Liturgia da espiritualidade popular evangélica (Publit).

O jovem Pércio Faria Rios, de 18 anos, parece sintetizar esse tipo de sentimento em sua fala. Criado numa igreja tradicional – ele é descendente de uma linhagem de crentes batistas –, Pércio hoje só freqüenta cultos esporadicamente. “Sinto-me muito melhor do lado de fora”, admite.

“Estou cansado da igreja e da religião”.
A exemplo da maioria das pessoas que pensam como ele, o rapaz não abriu mão da fé em Jesus – apenas não quer estar ligado ao que chama de “igreja com i minúsculo”, a institucional, que considera morta. “Reconheço o senhorio de Cristo sobre a minha vida e sou dependente da sua graça”, afirma.
E qual seria a Igreja com i maiúsculo, em sua opinião?
“O Corpo de Cristo, que continua viva, e bem viva, no coração de cada cristão.”

Boa parte dos desigrejados encontra no território livre da internet o espaço ideal para exposição de seus pontos de vista. É o caso de uma mulher de 42 anos que vive em Cotia (SP) e assina suas mensagens e posts com o inusitado pseudônimo de Loba Muito Cruel. À reportagem de CRISTIANISMO HOJE, ela garante que é uma ovelha de Jesus, mas conta que durante muito tempo foi incompreendida e rejeitada pela igreja. “Desde os nove anos, estive dentro de uma denominação cheia de dogmas e regras rígidas, acusadora e extremamente castradora”. Na juventude, afastou-se do Evangelho, mas o pior, diz ela, veio depois.

“Retornei ao convívio dos irmãos tatuada e cheia de vícios e, ao invés de ser acolhida, não senti receptividade alguma por parte da igreja, o que acabou me afastando mais ainda dela.
Percebi o quanto os crentes discriminam as pessoas”


Já ouviu algum comentário desse tipo acerca de sua igreja???
Por isso, insisto na organização e posicionamento estratégico da igreja frente a essa REALIDADE!

Loba conta que, a partir dali, começou uma peregrinação por várias igrejas. Não sentiu-se bem em nenhuma. “Percebi que nenhum dos líderes vivia o que pregava. Isso foi um balde de água fria na minha fé”, relata. Hoje, ela prefere uma expressão de fé mais informal, e considera possível tanto a vida cristã como o engajamento no Reino de Deus fora da igreja – “Desde que haja comunhão com outros irmãos de fé, que se reúnam em oração e para compartilhar a Palavra, evangelizar e atuar na comunidade”, enumera.

Igreja virtual

Gente como Pércio e Loba compartilham algo em comum, além da busca por uma espiritualidade em moldes heterodoxos: são ativos no ambiente virtual, seja por meio de blogs ou através de ferramentas como o twitter e outras redes sociais. É cada vez maior a afluência de pessoas das mais diversas origens denominacionais à internet, em busca de comunhão, instrução e edificação.

O pastor Leonardo Gonçalves lidera a Iglesia Bautista Misionera em Piura, no Peru. Mestre em teologia, edita o blog Púlpito cristão. “Quando comecei esse trabalho, passei a conhecer muitas pessoas que estavam insatisfeitas com os rumos que o evangelicalismo brasileiro estava tomando”, revela.

“Neste processo, alguns começaram a ver o blog como uma alternativa à Igreja,
ou até mesmo, como uma igreja virtual”.

Leonardo lida com esse tipo de público diariamente no blog. “Geralmente, são pessoas extremamente ressentidas. Consideram-se vítimas de líderes abusivos e autoritários e relatam que tiveram sua autonomia violada e a identidade quase banida em nome de uma mentalidade de rebanho que não refletia os ideais de Cristo.”

Nesse contexto, vemos uma necessidade muito clara acerca de
um reposicionamento estratégico da igreja.
Isso é fato! O Espírito Santos é dinâmico!.
MAS, é um risco: líderes e liderados não podem perder o foco da
Visão da Igreja: O Reino de Deus,
muito menos esquecer da
Missão da Igreja: Ide por todo o mundo... (cumprir o chamado)


PORÉM, É INACEITÁVEL O FATO DE "CRENTES" INVESTIREM MAIS TEMPO NA INTERNET (facebook, orkut, msn, twitter...) DO QUE INVESTINDO PESSOALMENTE (e não virtualmente) NA IGREJA!!!

Outro que considera natural essa migração em busca de uma comunhão cristã que prescinde da igreja tradicional é o marqueteiro e teólogo presbiteriano Danilo Fernandes, editor do blog e da newsletter Genizah Virtual. Voltado à apologética, seu trabalho tem causado polêmicas e enfrentado resistências, inclusive de líderes eclesiásticos. “Pessoas cansadas de suas igrejas estão buscando pregadores com boas palavras, o que as leva à internet”. Para ele, buscar comunhão virtual em chats e outras mídias sociais é uma tendência. “A massa está desconfiada por traumas do passado; é gente machucada, marcada, ferida, gente que viu seus ídolos caírem”, conclui. Ele mesmo tem atendido diversas pessoas que o procuram para desabafar ou pedir conselhos.

Um resultado dessa busca por comunhão no ambiente virtual é o surgimento de grupos como o Clube das Mulheres Autênticas (CMA). Nascido de uma brincadeira entre mulheres cristãs que se conhecem apenas virtualmente, o grupo tem como lema “Liberdade de ser quem realmente se é”. A bacharel em direito Roberta Oliveira Lima, de 31 anos, é uma das integrantes. Ex-membro da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG), ela afastou-se de muitas das práticas ensinadas no modelo congregacional e se diz em busca de uma igreja “sem excessos”. Ela se define como “uma pessoa desigrejada, mas não desviada dos princípios do Evangelho”. Segundo Roberta, o CMA supre carências que a igreja local já não preenchia mais. “Nosso espaço tem sido um local de refúgio, acolhimento e alegrias”, relata.



Ela garante que, até o momento, o grupo não sentiu falta de uma figura sacerdotal. “Aquilo que nos propomos a buscar não requer tal figura”, alega.

“Pelo contrário, temos entre nós alguns feridos da religião e abusados por figuras sacerdotais clássicas. O nosso objetivo maior é compartilhar a vida e o Evangelho que permeia todos os centímetros de nossa existência”, descreve, ressaltando que, para isso, não é necessário adotar uma postura proselitista.

“Mas nosso objetivo jamais será
o de substituir a igreja local”, enfatiza.

“Galho seco” – “Falta de acolhimento pela comunidade, o desgaste provocado pelo estilo centralizador e carismático de liderança e frustração com as ênfases doutrinárias contribuem para esse fenômeno”, concorda o pastor Alderi Matos, professor de teologia histórica no Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper, em São Paulo. Mas ele destaca outro fator que empurra as pessoas pela porta de saída dos templos: “É quando uma igreja e seus líderes se envolvem em escândalos morais e outros”.

A paraibana C., de 37 anos, é um exemplo de gente que fez esse penoso percurso. Ela relata uma história de abusos e falta de princípios bíblicos na congregação presbiteriana de que foi membro por mais de quinze anos, culminando com um caso de violência doméstica de que foi vítima – sendo que o agressor, seu marido, era pastor. “Havia perdido completamente a alegria de viver, ao me deparar com uma realidade bem distante daquela que o Evangelho propõe como projeto para a vida”. C. fala que conviveu em um ambiente religioso adoecido pela ausência do amor de Cristo entre as pessoas: “Contendas sem fim, maledicência impiedosa e muitos litígios entre pessoas que se diziam irmãs”.

Este ano, C. pediu o divórcio do marido e tem frequentado um grupo alternativo de cristãos. “Rompi com a religião. Hoje, liberta disso, tudo o que eu desejo é Jesus, é viver em leveza e simplicidade a alegria das boas novas do Evangelho”. Ela explica que, nesse grupo, encontrou pessoas que vivenciaram experiências igualmente traumáticas com a religião e chegaram com muitas dores de alma, precisando ser acolhidas e amadas. “Temos nos ajudado e temos sido restaurados pouco a pouco. No âmbito do grupo, um ambiente de confiança foi formado, de modo que compartilhar é algo que acontece naturalmente e com segurança.”

“As pessoas anseiam por ver integridade na liderança. Quando o discurso não casa com a prática, o indivíduo reconhece a hipocrisia e se afasta”, avalia o bispo primaz da Aliança das Igrejas Cristãs Nova Vida (ICNV), Walter McAlister. Para ele, se os modelos falidos de igrejas que não buscam o senso de comunhão e discipulado – como os que denuncia em seu livro O fim de uma era (Anno Domini) – não mudarem, o êxodo dos decepcionados vai aumentar. Apesar de compreender os motivos que levam as pessoas a abandonarem a experiência congregacional, o bispo é enfático: “Nossa identidade cristã depende da coletividade e, portanto, de um compromisso com uma família de fé. Sem isso, a pessoa não cresce nas virtudes cristãs e deixa de viver verdadeiramente a sua fé. Como um galho solto, seca e morre”.

“O fenômeno dos desigrejados é péssimo. Somos um corpo, nunca vi orelhas andando sozinhas por ai”, diz Paulo Romeiro. O pastor Alderi, que também é historiador, recorre à tradição cristã para defender a importância da igreja na vida cristã. “Da maneira como a fé cristã é descrita no Novo Testamento, ela apresenta uma feição essencialmente coletiva, comunitária. A lealdade denominacional é importante para os indivíduos e para as igrejas. Quem não tem laços firmes com um grupo de irmãos provavelmente também terá a mesma dificuldade em relação a Deus”, sentencia.

Sinais do Reino

Dentro dessa linha de pensamento, é possível até mesmo encontrar quem fez uma jornada às avessas, ou seja, da informalidade religiosa para o pertencimento denominacional. Responsável pelo blog Lion of Zion, Marco Antonio da Silva, de 31 anos, é membro da Comunidade da Aliança, ligada à Igreja Presbiteriana do Brasil, em Recife (PE). Ele afirma que redescobriu sua fé na igreja institucional. “Para alguns militantes virtuais mais radicais, isso seria uma heresia, mas tenho uma família com necessidades que uma igreja local pode suprir – e a congregação da qual faço parte supre essa lacuna muito bem”, afirma.


“Existe desgaste, autoritarismo e INOPERANÇA em vários lugares onde o homem está”, reconhece o pastor e missionário Nelson Bomilcar. Ele prepara um livro sobre o tema, baseado nas próprias observações do segmento evangélico a partir de suas andanças pelo país.

“Podemos ficar cansados e desencorajados, mas temos que perseverar e continuar amando e servindo a Igreja pela qual Jesus morreu e ressuscitou”.


SOLUÇÃO:


A VERDADEIRA ADORAÇÃO
É A MAIOR ARMA DE GUERRA!


Como músico e integrante do Instituto Ser Adorador, Bomilcar constantemente percorre congregações das mais variadas confissões denominacionais – além de ser ligado a seis igrejas locais, ele congrega na Igreja Batista da Água Branca, em São Paulo.

“Continuo acreditando na Igreja do Senhor. Estou na Igreja porque fui
colocado nela pelo Espírito Santo.
É possível viver o Evangelho na comunidade,
apesar de todas as suas ambiguidades,
para balizarmos aqui e ali sinais do Reino de Deus.
Tenho sido testemunha disso”.


Como ilustrador e adaptador desse oportuno artigo do Maurício Zágari,
quero contextualizar sugerindo o seguinte vídeo do Pastor Judson Oliveira!!!

QUEM IRÁ?

Judson Oliveira



Por Mauricio Zágari


Texto ilustrado e adaptado por Francinei Santos!
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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

SOU O JARDIM DO SENHOR!!! (Isaías 58:11)

“... e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam.”
Isaías 58:11


Você gosta de jardins? Todos nós achamos lindo um jardim bem cuidado, não é verdade? Gostamos do cheiro das flores, do colorido que elas têm, da delicadeza das suas pétalas, do barulho dos pássaros, alvoroçados, batendo asas ao redor dos canteiros. Que lindo!



Um jardim é um espaço planejado, normalmente ao ar livre, para a exibição, cultivação e apreciação de plantas, flores e animais. E vamos ver uma curiosidade: A palavra JARDIM vem do hebreu e refere-se a proteger, defender.

Você sabe quando surgiu primeiro jardim na Terra?

O primeiro jardineiro na terra foi Deus. Em Gênesis 1, vamos encontrar todo o processo de plantio do
 primeiro jardim que foi criado no mundo: o Jardim do Éden. Vamos ver que o Senhor criou todas as condições para que esse Jardim fosse lindo. Quanto cuidado Ele teve! Criou a luz, pois nenhuma planta sobrevive sem o calor do sol; trouxe a chuva, porque elas precisam de água. E depois de tudo pronto, Ele criou o homem e o colocou nesse Jardim tão cuidadosamente criado.
Esse Jardim era o ponto de encontro de Deus com a Sua criação. Na viração do dia, o Senhor vinha para ter um momento de comunhão com Seus filhos.

Porém, um dia, esse Jardim tão lindo recebeu uma visita má. Ninguém a viu entrar, mas a serpente estava ali. E, com muita conversa, levou Eva a comer do fruto da árvore do bem e do mal, que Deus havia dito que não deveriam comer, e convenceu também Adão de fazer o mesmo. Por causa disso, o homem foi expulso do Jardim que havia sido criado só para ele.

O que nós podemos aprender com isso?
Que se não vigiarmos, mesmo o lugar mais bem guardado pode ser visitado pelo mal.


Nós também somos um jardim. No livro de Isaías, capítulo 58:11, o Senhor diz que nós seremos para Ele como um jardim fechado, regado e cuidado por Ele mesmo!


Que tipo de jardim nós somos?
Como estamos cuidando desse jardim?



Devemos cuidar desse jardim que nós somos, para que as serpentes não tenham acesso em nós e não destruam todas as flores da nossa vida, amém!!!