sexta-feira, 17 de junho de 2011

Graça e Misericórdia: As maiores fontes de justiça!

  "Justiça e juízo forma a base do Teu trono. Misericórdia e verdade irão adiante do Teu rosto."
Salmos 89:14


Nos últimos dias, Deus tem derramado chuvas de sua misericórdia e graça sobre toda a terra. Foco de avivamento tem-se ouvido com testemunhos tremendos de conversões de milhares e milhares de milhares...


Glória a Deus! Mesmo a humanidade sendo infiel, todavia, o Senhor permanesse fiel e para sempre. Mas o que temos visto em meio a esse “mover” de Deus sobre a terra são diversos “juízes” utilizando em seus discursos a apelativa e equívoca separação entre misericórdia e justiça. Apreciando, neste caso, como se a misericórdia fosse antagônica ou contrária a justiça.


Para enterdermos melhor, recorreremos as etimologias das palavras:


JUSTIÇA: do latim iustitia, por via semi-erudita. De maneira simples, diz respeito à igualdade de todos os cidadãos. É o principio básico de um acordo que objetiva manter a ordem social através da preservação dos direitos em sua forma legal (constitucionalidade das leis) ou na sua aplicação a casos específicos (litígio).
De maneira mais clara, é possuir o que lhe é devido. Se punição, punição. Se absolvição, absolvição. “A quem honra, honra”!


MISERICÓRDIA: Palavra formada por aglutinação (quando há alteração em pelo menos uma das palavras seja na grafia ou na pronúncia) entre os radicais das palavras MISÉRIA + CÁRDIO. Em Miséria temos escassês, deficiência, pobreza, ausência ou falta de. Em Cárdio, temos coração (Indo-europeu, tem-se kerd-, coração; em grego, kh'r e kardiva que correspondem apofonicamente ao latim cor, cordis, daí uma família etimológica portuguesa concórdia, discórdia, misericórdia... do latim e cardíaco, cardiopatia... do grego).


PUNIÇÃO: Ação de punir. É um processo no qual se reduz a probabilidade de determinada ação voltar a ocorrer através da apresentação de um estímulo aversivo, ou ainda, a retirada de um estímulo positivo após a emissão de determinado comportamento indesejado.


Eh... Meus irmãos. Deus é bom, o tempo todo!


Vejam como não é muito simples como parece distinguir misericórdia de punição frente à justiça. E, neste caso, estamos falando da justiça a luz da Palavra. O que se torna mais desafiador, pois bem sabemos que “nossas justiças como trapo da imundícia”! (Isaías 64:6)


O essência dessa ministração está no fato de compreendermos que
misericórdia não é o contrário de justiça, mas sim parte dela.
E que, punição também não pode ser encarada como única forma de se fazer justiça!


Temos que ter o caráter de Cristo e enterder que Deus trabalha de várias formas e que, na maioria das vezes, não entendemos. Pois nosso coração sempre estará prédisposto a “praticar” a justiça com punição invez de misericórdia.
Com essa afirmativa acima, deixo claro que não se trata também de negociar princípios ou fazer relativismo com o pecado.


Pecado sempre continuará sendo pecado.
E vai para o inferno quem quizer continuar com ele!


O livro de Ezequiel 18:20 nos ensina que “a alma que pecar essa morrerá”, mais a frente lemos em na carta do Apóstolo Paulo aos Romanos 6:23 “o salário do pecado é a morte...” e, ainda em na carta aos Hebreus 13:8 "Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente."


Se alguém roubar um bombom e outro roubar um banco financeiro, ambos cometeram o pecado – ROUBO. O diferencial está na consequencia desse crime (pecado). Com certeza, a punição do segundo será maior que a do primeiro. Neste caso, o que fez separação entre um e outro está na aplicação da misericórdia para com o primeiro, em função dos valores concernentes ao primeiro objeto roubado.


E você pensa: Não, mas roubo é roubo!
Pois é! Vejamos como são as coisas.


Até mesmo nós homens, cheios de falhas, fazemos aplicações de punição e misericórdia diferenciadas frente aos erros dos outros. Porque achamos que isto é justo. Agora imagine Deus – que é amor e justiça!


Há outra questão. Por sermos humanos e ainda de natureza, por menor que seja, “adâmica”, temos mais facilidade de liberarmos misericórdia para nós mesmos quando erramos e aplicarmos punição junto a outros.


O Senhor é misericordioso. A Bíblia diz em Isaías 30:18 “Por isso o Senhor esperará, para ter misericórdia de vós; e por isso se levantará, para se compadecer de vós; porque o Senhor é um Deus de eqüidade; bem-aventurados todos os que por ele esperam.” A Bíblia diz em Salmos 103:13 “Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem.” A Bíblia diz em Miquéias 7:18 “Quem é Deus semelhante a ti, que perdoas a iniqüidade, e que te esqueces da transgressão do resto da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque ele se deleita na benignidade.”


Quando desobedecemos, Deus nos dá a Sua misericórdia. A Bíblia diz em Salmos 6:2 “Tem compaixão de mim, Senhor, porque sou fraco; sara-me, Senhor, porque os meus ossos estão perturbados.”
Mas saiba que Deus não se deixa escarnecer. Por Ele ser amor, Ele também preconiza a justiça. E jamais negociará princípios, por mais amoroso que Ele seja e É.


Não é questão de ascepção de pessoas, mas existe uma classe que (por punição – consequencia do pecado) não estão em condições de receber misericórdia.


Quem são eles?
São os “famosos”, “mirabolantes”, “deixa comigo”, “tapiocas”, “salve salve”...
OS ORGULHOSOS!

Os orgulhosos não recebem a misericórdia de Deus.
A Bíblia diz em Lucas 18:13-14 - Mas o publicano, estando em pé de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, o pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele, porque todo o que a si mesmo se exaltar será humilhado, mas o que a si mesmo se humilhar será exaltado.


Lemos ainda em Efésios 2:3-5 “e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)”.


Uma boa maneira de entender o significado da misericórdia é perceber como ela se relaciona com a graça:


Misericórdia: não receber aquilo que você merece / punição impedida, contida.
Graça: receber aquilo que você não merece / favor sem mérito algum de nossa parte.


Que essas duas “irmãs” estejam sempre juntas em nossas vidas, para que tenhamos o auxílio do Espírito Santo nos ensinando em tudo e nos fazendo lembrar de todas as palavras de Cristo (Jo 14:26)!


Não esqueça: DEUS É PERFEITO!


Que essa ministração auxilie sua vida e ministério, pois nosúltimos dias temos aprendido que a Graça e a Misericórdia são as maiores fontes de justiça. Pois, com a mesma medida que medimos, seremos medido.
É justo ser misericordioso!


Na alegria, no amor e na fé em Jesus Cristo. Autor e digno de toda verdadeira adoração!


Francinei Santos
Ministério de Adoração
Comunidade Apostólica



Fontes:
ALMEIDA, João Ferreira de. Bíblia Sagrada. Revista e atualizada.
Ap. José Ildson. Pregação: Graça e Misericórdia!
http://www.jesusvoltara.com.br/info/misericordia.htm;
http://pt.wikipedia.org;
www.dicionarioweb.com.br;

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Só avança quem não perde tempo com embaraços!

II Tm 2:1-7
Tu, pois, meu filho, fortifica-te na Graça que há em Cristo Jesus. E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente. O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a deleitar-se dos frutos. Considera o que digo, porque o senhor te dará entendimento em tudo.


Neste primeiro trecho do capítulo 2, Paulo continua as suas palavras de encorajamento a Timóteo, lembrando-o da fonte de todo poder - Cristo. Ele descreve a luta cristã por meio de três figuras: o soldado, o atleta e o lavrador. Nesse mesmo poder, Paulo também lutava, sofria e... Venceria.

Mas para isso, Timóteo deveria observar alguns princípios, a saber:



1. A permanência do Evangelho. Timóteo tem de ser poderoso no trabalho que Deus lhe deu - com o poder proveniente da "graça" de Cristo. Esta palavra "graça" inclui o poder e os dons do Espírito Santo, dados pela fé em Cristo.
Também os ensinos apostólicos recebidos por Timóteo tinham de ser transmitidos por ele a homens fiéis (que não os mudariam) e idôneos (capazes de ensiná-los a outros). Claramente, os crentes que, como Timóteo, tinham ouvido as pregações de Paulo, podiam comunicá-los a outros conforme a sua memória e capacidade. Mas desde a morte daquela geração, nós temos "ainda mais confirmada" a doutrina apostólica, nos livros do Novo Testamento. Ai daquele que ensina como "apostólico" ou "cristão" aquilo que não condiga com a doutrina do Novo Testamento!

2. Disciplina e galardão. Haverá coisas desagradáveis ou difíceis no serviço cristão, se for feito satisfatoriamente. Tal serviço está descrito por três comparações:

a) O soldado. Uma vez alistado, o soldado leal deixa inteiramente os negócios, responsabilidades e atrações da vida civil; ele se aplica somente aos exercícios e deveres militares e a tudo que está ligado com o bom sucesso na guerra. Ele busca a promoção e se esforça para agradar aos seus superiores. Para o cristão, "os negócios desta vida" significam os prazeres, as riquezas e as ocupações que impeçam ou prejudiquem a vida espiritual, recebida ao converter-se a Cristo, seu Senhor.

b) O atleta. Aqui se refere aos jogos gregos e romanos - ginástica, corridas, pugilismo, combates entre gladiadores. Os jogos eram organizados, como os esportes nacionais de hoje, com regras, juízes e galardões. Os vitoriosos eram tratados quase como heróis de guerra (como hoje), porém tinham que obedecer estritamente as regras do jogo em que participavam e também teriam que treinar vigorosamente para manter-se em boas condições.
Igualmente, o servo de Deus deve andar conforme as regras (os ensinos da Bíblia) e deve manter-se sempre em condição espiritual idônea para vencer na luta contra Satanás. Tudo isto seria por meio de muita oração, constante estudo da Bíblia e cuidadosa disciplina nos prazeres e costumes gerais.

c) O lavrador. Vamos observar que "o lavrador que TRABALHA" - não aquele que somente fica ao lado do campo, olhando os outros trabalhar - ou que fica em casa com medo da chuva!... O serviço de Cristo é trabalho mesmo, como o do lavrador do campo - e o fruto demora até o tempo próprio; mas quando aparece, então há satisfação e alegria para o trabalhador. Que gozo em ver uma alma convertida, depois de muita oração. visitas, conversas, oposição e, às vezes, inimizades!
Trabalhemos, então - a terra pode ser rochosa, enganadora, cheia de espinhos, mas, afinal, produzirá o seu fruto e então participaremos com gozo!

A partir deste pondo, observando tais comparações, vimos que elas são aptas e merecem a consideração cuidadosa do servo do Senhor, o Qual lhe dará a sabedoria necessária para conseguir um trabalho satisfatório e frutuoso. Sabendo que a vida do crente não pode ser embaraçada pelas crises ou desencontros, pois, a sua mente deve ser sempre livre para o uso do Senhor. O homem é grandemente propenso a permitir que os reveses se tornem embaraços permanentes para sua vida.

A militância cristã exige vida desembaraçada, como nos diz o apostolo Paulo: (II Tm. 2.4)“Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida...”. - Querido irmão, Jamais permita que as crises da caminhada sejam transformadas em “derrotas ou em embaraços permanentes para você”. Nem tão pouco, permita que a crise de hoje reflita no seu amanhã. (Ef. 4.26)“... não se ponha o sol sobre a vossa ira”.

As crises quando não entendidas e resolvidas transformam-se em problemas permanentes que nos tira o equilíbrio emocional, a paz e, muitas vezes, a alegria de viver. Portanto, o coração do crente deve ser esvaziado de (Ef. 4.31)“Toda a amargura, e ira, e cólera, e blasfêmia e toda a malícia seja tirada...”; (Ef. 3.19)“Para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus”. Para sermos vitorioso na jornada cristã teremos de lutar contra inimigos poderosos, como seja:

A CARNE (Gl. 5.17)

“Porque a carne luta contra o Espírito.. para que não façais o que convém”.
O MUNDO (I Jo. 2.15,16)

 “Não ameis do mundo...porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne”.
O DIABO (I Pe.5.8,9)
 “...O diabo, vosso adversário, anda ao derredor buscando a quem possa tragar. Ao qual resisti firmes na fé”.

A derrota, entendida esta como um problema que se reveste de permanência, é próprio do crente que não busca os recursos de Deus para torná-lo vencedor contra os poderosos inimigos da sua alma. (Ef.6.11)“Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo”. (Ef.6.13)“Portanto, tomais toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e, havendo feito tudo, ficar firmes”. A vida do crente quando embaraçada com as coisas desta vida será sempre uma vida inconformada. Aquilo que antes representava amor, não representa mais; virou ódio. E, diante deste quadro, ao invés de pedir o socorro que vem do Senhor e de humilhar-se, reconhecendo a sua fraqueza, passa a se maldizer e a colocar culpa nas situações e nos outros.

Jesus Cristo deixou bem claro que a exaltação ou elevação espiritual será sempre por meio da humildade. (Mt. 23.12)“E o que a si mesmo se exalta será humilhado; e o que a si mesmo se humilha será exaltado”. As nossas atitudes humildes serão sempre contempladas por Deus, mas, quanto aos arrogantes, diz: (Tg.4.6)“Deus resiste aos soberbos; dá, porém, graça aos humildes”. (I Pe. 5.6)“Humilhai-vos pois debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte”.

A solução para vencer os embaraços não está na medicina, não está na psicologia, não está na psicanálise, nem nos psicotrópicos, nem no aconselhamento, como ensinado por alguns; apenas Deus, mediante uma atitude de humildade e de arrependimento do crente; removerá os desembaraços do nosso caminho, restaurando-nos a paz e a felicidade tão desejada. (Tg. 4.10)“Humilhai-vos perante o Senhor e ele vos exaltará”. Priorize na sua vida esse encontro de fé com Deus, que, certamente, ele desembaraçará a tua vida e acrescentará felicidade ao teu viver. (II Tm. 2.4)“Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida...”. Vença os embaraços da sua vida (I Pe. 5.7)“Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”.

O avanço do povo de Deus e, portanto, do Reino, está condicionada a renunciarmos a nós mesmo por amor a Cristo, subjugando nossas vontades, melindres e "prosseguindo para o alvo, com a visão atenta para o Autor e Consumador da nossa fé”.

Na alegria, no amor e na fé em Jesus Cristo. Autor e digno de toda Adoração!

Francinei Santos